14 a 19 de novembro de 2010, 6 dias, 560km, Altimetria de 10.760m, 15 veículos Mitsubishi 4x4, 1 Helicóptero, 30 Jornalistas, 600 colchões que foram doados após a competição, 400 atletas, 4 caminhões, 650 barracas de acampamento, 240 pessoas envolvidas na organização, 80 staffs do evento, 10 motos, 80.000lts de água potável, 6 quadricíclos, 8 médicos, 400kg de frutas, 90 toneladas de equipamentos, 2.000lts de leite, 2.000 pacotes de pão, 40 voluntários, 4.200 refeições e 3.500kg de macarrão.
Esta foi a estrutura que nos deparamos para uma prova de mountain bike, na verdade a maior prova de mountain bike já realizada no Brasil e por sinal, a melhor organizada também.
Entre seus participantes 12 cearenses, e entre eles, eu – Carlos Lopes – representando o Jornal O Esporte como correspondente desta aventura cearense na Chapada. Ao meu lado Alfredo Montenegro, meu parceiro de dupla e por sinal, amigo. Joana Nóbrega, Felipe Subrança, Vidal Filho, Plauto Holanda, Geraldão do Crato, Wallace do Crato, Rafael Chaves, Jânio Alisson, Lucídio e Simão, foram os outros cearenses que estiveram presentes representando o estado do Ceará.
6 dias de muita chuva e muita lama, nos fizeram percorrer os 560km de percurso que só foi possível com a força que todos dávamos uns aos outros e com muita força de vontade de cada um. Sem dúvidas ninguém imaginou que seria tão difícil esta competição, nem mesmo seus organizadores. Ninguém poderia prever tanta chuva. E realmente meus amigos, passar 6 dias levando chuva e não ter uma roupa seca para vestir, e após várias noites pernoitando em barracas naquelas condições chega a ser desesperador para alguns. Contudo, não foi desesperador para nenhum cearense que ao final de uma prova com um total de 30% de desistências teve os seus 12 cearenses chegando ao fim. Isso só mostra o quanto é forte o Ceará e quanto potencial temos em nosso estado.
173 duplas estiveram presentes na largada do primeiro dia, atletas renomados internacionalmente e atletas com potencial para tornar-se campeões mundiais nos próximos anos, atletas olímpicos e parte dos melhores atletas brasileiros. Uma grande, se não a maior, confraternização brasileira desta modalidade. Uma página de nossas vidas que ficará marcada pela superação, união, convivência e satisfação de fazer o que gosta, com pessoas que também gostam e organizado por quem sabe fazer e tem grande satisfação em fazer. Apesar de todas as dificuldades envolvidas para se organizar uma competição desta magnitude, o grupo ROMA COMUNICAÇÕES fez com muita competência. Ninguém que fez parte desta organização fraquejou ou diminuiu seus níveis de simpatia diante do cansaço ou dos problemas decorrentes das chuvas, e todos se mantiveram tal qual o início da prova, mesmo depois de 6 dias ininterruptos de desgastante trabalho. Mário Roma – organizador principal – fazia questão de apertar a mão de todos os atletas que a cada dia iam chegando, e aos poucos e na chuva, apertava-lhes as mãos do primeiro até o último atleta a chegar, do mais famoso ao mais anônimo. Isso pode passar a despercebido aos olhos desatentos de alguém, mas o Jornal O Esporte faz questão de dar destaque a sua atitude.
Parabéns aos cearenses, aos organizadores e vida longa à Claro Brasil Ride, tendo a certeza que estaremos lá novamente em 2011 se deus quiser.
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