domingo, 6 de março de 2011

POROROCA RADICAL

Foto: Natinho Rodrigues
Um dia após ter surfado pela primeira vez a pororoca a adrenalina ainda está correndo em minhas veias.
Quando o Marcelo Bibita me convidou para vivenciar esse surf, eu nunca poderia imaginar que tipo de experiência estaria me aguardando.
Surfo há quase vinte anos, mas nunca tinha vivido uma experiência de surf naquela intensidade.
Quando a gente surfa, é de costume ficar na praia contemplado as ondas, observando onde elas estão quebrando com maior perfeição, onde está abrindo mais, onde está fechando, esse tipo de coisa.
Já cheguei a ficar quatro horas estudando um mar antes de uma caída extrema.
Mas, na pororoca é totalmente diferente. Primeiro não dá pra estudar a onda, pois, ela só passa uma vez. A movimentação antes do surf também é algo único. A galera chega cedinho, até aí tudo normal. Mas, praticamente, essa é a única semelhança. Daí em diante, ou você vai remando em direção à pororoca, seguindo o fluxo natural do rio, que deságua no mar, ou utiliza um barco, conhecido como voadeira e sai à caça das várias bancadas que formam as ondas.
Se você não tem barco, precisa escolher muito bem o lugar exato onde vai entrar na onda, pois, apenas o conhecimento prévio vai garantir que você se posicione no local exato.
Mas, se você tem o privilégio de surfar a pororoca e caçar as bancadas em uma voadeira, ou em um Jet Sky, como foi o caso da nossa equipe, aí sim, você terá uma experiência fantástica e mesmo que perca a onda em uma ou duas bancadas, terá outras oportunidades de surfar a onda mais longa do mundo.
No meu caso, tive a sorte de encontrar amigos que conheci no Ceará, como o Vinícius Cabocão, que esteve em Fortaleza para as festas de final de ano, oportunidade em que ficamos amigos e surfamos altas ondas. Foi na sua companhia que peguei a onda mais longa de minha vida, no pico conhecido como o Curral da Igreja.
A adrenalina é muito grande, principalmente na hora de se jogar no rio e remar para a onda. À medida que a pororoca se aproxima, o rio corre velozmente em direção a onda e se o surfista não remar forte pode ser atropelado pela onda e não entrar nela.
Felizmente, a experiência de maus amigos Cabocão, Dr. Alexandre, Iran, o piloto da voadeira e claro, meu cicerone, Marcelo Bibita, foi de fundamental importância para que eu pudesse ter tido uma das experiências mais radicais de minha vida. Valeu Arari. Valeu Rio Mearim. Para mim, o surf nunca mais será a mesma coisa depois de ter conhecido a pororoca.
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Ao Diário do Nordeste por abrir esse canal de comunicação para que os amantes dos esportes radicais possam estar obtendo informações importantes para também viverem essas aventuras que nós temos vivido;
Ao Bruno Correia por ter cedido seu Jet Sky para que o repórter fotográfico Natinho Rodrigues pudesse estar registrando tudo dos ângulos mais privilegiados para que você leitor pudesse ter as impressões mais reais dessa aventura;
Ao Marcelo Bibita por ter dado muita pilha para que nossa equipe fosse conhecer a pororoca e colocado toda a sua experiência nessa empreitada, fazendo com que tivéssemos uma das experiências mais radicais de nossas vidas. Agora eu sei porque ele é tão alucinado por essa onda;
Ao Paulo Moura, proprietário da Surf Wear HUGEL, por ter nos proporcionado todas as condições para que pudéssemos viver essa fantástica aventura;
Ao Gilvan, proprietário do Hotel Boa Esperança, em Arari, por ter nos recebido tão bem em seu estabelecimento;
George Noronha

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