Falar que o mundo está mais globalizado, que as distâncias estão mais curtas, soa redundante, há até um certo clichê nisso. O grande ponto é que o avanço tecnológico está mudando o comportamento das pessoas. As chamadas novas mídias, ou seja, internet e telefonia móvel, cada dia mais estão tendo um papel importante e influenciando os hábitos da população.
As novas plataformas de comunicação começam a abrir mais o leque de opções de entretenimento, o que gera uma série de confortos para o usuário. Hoje já podemos acompanhar jogos da Champions League em tempo real e o que é melhor com boa qualidade. Assistir todos os gols da rodada de domingo e os melhores momentos do campeonato brasileiro numa página da internet. Não é mais preciso ficar esperando o noticiário esportivo para assistir todos os gols. O que irá acontecer é o usuário poder assistir a programação na hora que quiser. Se o pai de família for jogar seu futebol na terça a noite, poderá ver o jornal nacional quando voltar e, ainda por cima, pular as partes que não interessam.
Portanto, a tendência é que as pessoas estejam cada vez mais ligadas no conteúdo dos programas e menos no intervalo deles. Você começará a assistir apenas aquilo que interessa e, para a maior parte das pessoas, não é interessante ficar assistindo as campanhas publicitárias dos anunciantes. As pessoas querem ver o jogo de futebol, a novela, o programa de TV, o jornal, etc. Aí que está o grande ponto, o conteúdo está ganhando importância a cada dia. O marketing esportivo está inserido onde? Exatamente dentro do conteúdo.
Antes que alguém me pergunte, já vou respondendo. A propaganda não vai acabar, da mesma maneira com que a TV, jornal e a revista também não irão. Porém é fato que as novas mídias começam a ganhar força e isso vai favorecer os investidores que estão dentro do conteúdo. Um grande exemplo é o Big Brother Brasil, toda prova, festa, etc. tem uma marca envolvida. O anunciante entrou forte dentro do conteúdo. Isso deve ser uma tendência cada vez maior daqui para frente.
Outro ponto que deve ser pensado para o marketing esportivo, será como usufruir destas novas plataformas de comunicação para beneficiar tanto o patrocinado quanto o patrocinador. É preciso estudar a fundo, pois são ferramentas que serão cada vez mais utilizadas, principalmente a telefonia móvel que, no meu ponto de vista, é ainda pouco explorada.
Por tudo isso e tentando analisar da forma mais imparcial possível, mesmo que isso possa ser difícil, acredito que o marketing esportivo ganha cada vez mais força no país. Numa época em que em alguns anos iremos sediar uma Olimpíada e uma Copa do Mundo, as novas mídias e a tendência do fortalecimento do conteúdo, vem para colocar o marketing esportivo num degrau acima. Eu sempre acreditei que o Brasil ainda estava engatinhando na área, agora começo a acreditar que estamos dando os primeiros passos.
Rafael Zanette
Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo
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